Um estudo da Polícia Civil sobre a violência no Rio de Janeiro revelou que 1.413 comunidades do estado são dominadas pelo crime organizado.
A reportagem teve acesso ao levantamento encaminhado ao Ministério da Justiça e ao Supremo Tribunal Federal.
Segundo o documento, o tráfico atua em 81% das favelas enquanto a milícia está em 19% desses territórios.
O relatório mostra que a facção de traficantes Comando Vermelho controla 828 comunidades. Já os grupos paramilitares exploram 278, um número maior do que o apontado a outras duas quadrilhas, o Terceiro Comando Puro e a Amigos dos Amigos, que aparecem nas estatísticas com 238 e 69 favelas, respectivamente.
A Polícia Civil estima que 56 mil criminosos circulam em liberdade portando armas de fogo como fuzis e pistolas. De acordo com a corporação, esse grupo conta ainda com o apoio de grande parte dos 51 mil presos no sistema carcerário fluminense.
O documento aborda decisão do ministro Edson Facchin, do STF, que proibiu operações policiais durante a pandemia de Covid-19.
Segundo o texto, caso a decisão seja mantida, as investigações criminais no Rio podem ser prejudicadas.
Vale lembrar que a liminar determina que ações só são permitidas em casos absolutamente excepcionais. Por conta disso, o delegado Felipe Curi, subsecretário de planejamento da Polícia Civil, afirma que todas as ações da Polícia Civil são “absolutamente excepcionais”, já que, segundo ele, visam a proteção da vida e a ordem pública.
De acordo com o relatório, entre primeiro de janeiro de 2019 e cinco de junho de 2020, 675 inquéritos policiais relacionados aos crimes de associação e organização criminosa estão em andamento em delegacias do Rio.
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